Indústria para Favelas promete geração de recursos sem burocracia
Com preços acessíveis, projeto de cosméticos visa o compartilhamento material e capacitação intelectual com ênfase na sustentabilidade
Fundada e comandada pelo empresário e químico Érico Bitto, a indústria de cosméticos Big Beauty desenvolve um projeto que carrega o DNA da empresa, sendo o de fazer o bem por meio de ações que envolvam o universo da beleza. O “Indústria pra Favela” foi iniciado em Carapicuíba–SP, no dia 11 de setembro de 2022, e consiste em levar acessibilidade e qualidade de vida para as pessoas, porém, sem o custo dos insumos de comercialização padrão.
Nesse caso, literalmente os cosméticos sairão direto da indústria para os consumidores com custo menor do que nas prateleiras do mercado, o que garante o poder de comercialização dessas empreendedoras em suas comunidades.
Entretanto, o projeto começou a nascer durante a pandemia. Assim que começaram os casos, a empresa decolou com vendas de álcool em gel, o que levou Bitto a comprar abundantemente alguns produtos. Porém, mais tarde, o fluxo de vendas caiu e seu estoque acabou ficando cheio. Foi então que ele teve a ideia de fazer doações e escolheu as favelas para receber esses produtos.
Ao participar ativamente do movimento, ele disse que aquela ação o impactou: “mexeu muito com o meu emocional, fiquei deslumbrado pela favela e passei a olhar com mais respeito, amor e carinho”, disse ele. Bitto compartilhou também que a motivação para criar o Projeto Indústria pra Favela surgiu a partir dos valores aprendidos em sua casa, com seus pais. Desde pequeno, ele tem essa experiência de falar e auxiliar a todos de porta em porta, independente de classe social, e quis levar isso para a vida, pois acredita que boas ações sempre trazem coisas positivas.
E esse projeto tem a característica de proporcionar oportunidades para todas as famílias de terem acesso a produtos e poder fazer disso, uma renda extra, além de ser uma chance de se tornar um empreendedor.
A ideia é que o produto saia direto da indústria para o consumidor final, ou seja, as pessoas que se interessarem podem conseguir esses produtos com custo reduzido, além de resgatar essa dinâmica de ir de casa em casa oferecendo a mercadoria. Sem a necessidade de burocracia complicada, pelo contrário, é de forma facilitada, justamente para que todos os públicos consigam entrar no grupo.
Para Bitto, o seu modelo de negócios tem um formato de planejamento centralizado na pessoa, para que cada uma, com suas peculiaridades, consiga trabalhar e monetizar. Além disso, oferece um programa de qualificação, tendo cursos como: vendas, tricologia e tecnologia em cosméticos, com foco em mostrar as características de como ser um bom empreendedor, em resumo, é transformar dificuldade em oportunidade.
O projeto vem provando ser um exemplo de como o empreendedorismo pode ser uma ferramenta para transformar a realidade de comunidades carentes, gerando emprego e renda e promovendo a inclusão social.