Banco Central reconhece que tokenização e defi são o futuro das finanças

Roberto Campos Neto, atual presidente do Banco Central, fez uma série de declarações confirmando algo que temos dito há muito tempo, ou seja: que a tokenização e as finanças descentralizadas (DEFI) são o futuro próximo do comércio eletrônico e do mercado financeiro.

Ao falar sobre a DREX (projeto de tokenização da moeda brasileira) durante o Blockchain Rio, ocorrido no dia 24 de julho, ele afirmou que esse projeto faz parte de uma perspectiva mais ampla, tendo como próximo passo a tokenização de tudo.

Por que isso é relevante para você empreendedor? Por que como empresário é de fundamental importância que você saiba que estamos passando por um processo de transição, onde o comércio e o sistema financeiro estão sendo deslocados para uma outra arena, a saber: para aquela das redes descentralizadas de computadores de caráter transnacional, a exemplo da Ethereum.

Isso não quer dizer, contudo, que teremos do dia para a noite uma substituição de um sistema por outro, mas inicialmente uma integração:

“O presidente do Banco Central também sublinhou a importância de não isolar os bancos tradicionais dos ativos digitais, mas sim integrá-los. “Pensamos que, ao fazer a tokenização de depósitos, você cria uma ponte para o DeFi, que é uma ponte mais concreta. Não queremos, como alguns países, isolar o balanço dos bancos de ativos digitais. Achamos que é o contrário: temos que trazer uma junção. Os bancos, entendendo de tokenização, vão lidar melhor com os riscos dos criptoativos e acreditamos que é uma revolução que veio para ficar”, concluiu Campos Neto.”[1]

Ou seja, o que ele quer dizer no trecho acima é que ao tokenizar os bens você permite que eles sejam utilizados, por exemplo, como garantia em empréstimos a serem realizados no âmbito das finanças descentralizadas.

O curioso disso para aqueles não familiarizados com o mundo dos ativos digitais é que esse DEFI a que Roberto Campos faz menção é um sistema que existe sem a participação de bancos, mais do que isso: que foi feito para substituir os bancos!

Além disso, o DEFI é um sistema onde qualquer pessoa pode oferecer ou tomar empréstimos, sem que exista qualquer controle do Estado sobre as operações. Logo, como explicar que o Presidente do Banco Central do Brasil esteja liderando projeto para integrar os bancos com um sistema feito para operar sem bancos?

A resposta é que há manifesto reconhecimento de que o DEFI é um sistema mais avançado do que o sistema financeiro tradicional, que não há como o Estado impedir o seu funcionamento. Nas palavras de Roberto Campos Neto, trata-se de uma “revolução que veio para ficar”

Logo, é de fundamental importância que você empreendedor do setor produtivo esteja consciente dessa revolução de modo a melhor tirar proveito dela em seu benefício e em benefício dos seus clientes.

Do contrário, terá que continuar a depender dos intermediários tradicionais, e esse é o objetivo da DREX, conforme expresso no projeto piloto: fortalecer a centralização em um novo universo voltado à descentralização. Porém, para ser capaz de desfrutar dos benefícios da descentralização você precisa se informar sobre o assunto.

Um bom início é pela leitura do nosso livro “O Guia Jurídico da Tokenização”, disponível no site https://lopesezorzo.com , um dos poucos locais onde você encontra o tema explicado por dois advogados independentes, vinculados apenas a trazer conhecimento sobre um de exponencial magnitude.

Fernando Lopes e Marcella Zorzo são criadores do Lopes e Zorzo advocacia, primeiro escritório do Brasil especializado em tokenização e DEFI.

[1] “O próximo passo é fazer com que tudo seja tokenizado”, diz presidente do Banco Central . Disponível em: https://portaldobitcoin.uol.com.br/o-proximo-passo-e-fazer-com-que-tudo-seja-tokenizado-diz-presidente-do-banco-central/ acesso em 25/07/2024

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.