C-Pack lança embalagens antivirais
Tecnologia adotada pela fabricante prevê a aplicação de nanopartículas que combatem vírus, bactérias e fungos
Além da corrida de governos e laboratórios em busca de vacinas, outros segmentos também começam a desenvolver soluções preventivas e protetivas contra a Covid-19. A C-Pack Creative Packaging, empresa líder na América Latina em produção de bisnagas plásticas para a indústria de cosméticos, desenvolveu uma tecnologia que permite a aplicação de um aditivo antiviral nas embalagens fabricadas pela empresa.
Segundo Zulmar Lins, gerente de Produtos e Inovação, o antiviral pode ser incorporado em toda a estrutura da embalagem e inclusive no verniz. “Desta forma, toda a superfície de contato com a embalagem está protegida com o aditivo antiviral”, atesta o especialista.
O processo de aplicação foi desenvolvido em parceria com uma empresa de Santa Catarina, responsável pela incorporação das nanopartículas de prata no aditivo. Trata-se da evolução de um projeto iniciado há alguns anos, porém com foco em ação antibacteriana e antifungo. “O cenário agravante trazido pela Covid-19 acelerou o estudo e ampliou o conceito para ação virucida, pois entendemos que além de envolver o produto, a embalagem pode também proteger o consumidor”, pondera Lins.
Um aspecto importante considerado pelo gerente de Produtos e Inovação da C-Pack é o fato de a proteção não ter prazo de validade. “Enquanto a embalagem se mantiver íntegra, o aditivo irá atuar no combate aos micro-organismos”, garante.
Lins afirma que a exceção ocorre nos casos em que o ato de lavar a embalagem arranque a camada de verniz, por exemplo, com a utilização de lã de aço. Mesmo assim, ele comenta que, para otimizar o efeito, é recomendado aplicar o aditivo tanto no verniz quanto na bisnaga. “Neste caso, mesmo que o verniz seja arrancado, a nanoprata presente estará na área de contato entre o usuário e a embalagem”, explica.
O especialista ainda ressalta que a nanopartícula de prata atua de forma específica em diferentes micro-organismos. No caso da ação virucida, há uma interação com o material genético do vírus, causando inibição da replicação viral e impedimento da ligação do vírus nas células.