Era comum vermos que os negócios tivessem líderes homens, mas o meio vem apresentando mudanças
Neste sábado (19), o Dia do Empreendedorismo Feminino é comemorado. De acordo com um estudo realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas empresas (Sebrae), com base dos dados divulgados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnadc), o número de mulheres à frente de um negócio no Brasil fechou o quarto trimestre de 2021 em 10,1 milhões, o resultado é mesmo que o último trimestre de 2019, antes da pandemia, dando sinais de que o empreendedorismo feminino no país segue em alta, enfrentando as consequências do período complicado pela covid-19.
Ainda segundo a pesquisa, 50% das mulheres donas de seu próprio negócios se encontram no setor de serviços, quanto 21% delas atuam no setor de construção. Em comparação aos homens, 35% deles são proprietários de negócios que se concentram no setor de serviços, e 21% deles atuam no setor de construção.
Gabriella Carvalho, se viu na chance de abrir seu próprio negócio em 2016, quando estava grávida de sua primeira filha e tinha apenas 200 reais para investir. “Comecei a vender mechas de cabelo humano, indo nas estações de metrô e pontos de ônibus pelo Rio de Janeiro, a gravidez não me impediu de fazer minhas entregas, quando eu estava na maternidade, depois da minha filha nascer, meu marido fazia as entregas. E aí é história, de repente me vi com a necessidade de abrir um estande físico, em um box, na Penha, um bairro da Zona Norte do Rio, e atualmente, após o negócio explodir, tenho mais de 6 lojas pela cidade carioca”, afirma.
De acordo com dados divulgados pelo LinkedIn, uma plataforma de negócios, a representação da liderança feminina no Brasil é de 27%, a porcentagem coloca o país no 27° lugar no ranking dos país citados pela pesquisa. A posição ocorre pelo constante desafio que diversas mulheres enfrentam em suas carreiras, precisando conciliar o trabalho com a rotina de casa, filhos e casamento, ser dona do seu próprio negócio traz uma flexibilidade maior, sendo o alvo que muitas procuram.
Juliana Mattos, consultora sexual e sexpert, buscou abrir o seu negócio para ajudar mulheres que ainda seguem o tabu. “Criei minha Sex Shop para ajudar as mulheres que estão passando pela menopausa, que estão estagnadas na vida sexual, que procuram abrir o seu horizonte. Meu negócio tem o propósito de ser totalmente inclusivo e discreto, sendo esse o nome que estampa a minha marca, mas que auxiliará essas mulheres a melhorarem sua relação com o sexo. Costumo dizer que o meu negócio é de mulher para mulher”, explica a empreendedora.
Outro dado divulgado pelo LinkedIn afirma que a quantidade de mulheres que começaram a empreender desde a covid-19 cresceu globalmente, já no Brasil, a porcentagem das mulheres que abriram seu próprio negócio aumentou em 41% em 2020, 22% maior em relação aos homens que começaram a empreender durante a pandemia.
“Fiz o meu novo espaço na Vila da Penha, Zona Norte do Rio de Janeiro, em agosto de 2021, para ser um local bem acessível aos meus pacientes, lá eu faço diversos tipos de procedimentos, entre os de beleza, como preenchimentos labiais, e os de saúde, como a aplicação de facetas de resina. É importante ter o meu próprio negócio para me dar um pouco mais de liberdade, o que eu não teria em qualquer outro lugar, sendo minha própria chefe consigo arranjar mais tempo para a minha família e priorizar o que realmente é importante para mim”, pontua a dentista Rita Ventura.
A infectologista Flavia Cohen afirma que criou o seu negócio, a Clínica FVC, com o intuito de levar uma medicina alternativa, através a soroterapia, para mulheres e homens que possuem um sistema imunológico fragilizado e que buscam melhorar o seu bem-estar. “A soroterapia é o tratamento revolucionário que promove a otimização da saúde, o tratamento oferece todos os benefícios relacionados a biodisponibilidade maior, levando à rapidez de ação e resultados potencializados. Queria levar essa opção para as pessoas”, finaliza.
